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Colírio faz mal? Conheça os riscos da automedicação para os olhos

Cansaço visual, olho seco e coceira nos olhos. Qualquer uma dessas sensações pode fazer o colírio ser usado, em alguns casos, sem recomendação médica ou, até mesmo, sem nenhum controle. Esse é um acontecimento recorrente, porque grande parte das pessoas acredita que os colírios não prejudicam a saúde.

O aspecto inofensivo somado à facilidade de adquirir o medicamento nas farmácias representa sérios riscos à saúde da população. Além disso, as pessoas estão passando cada vez mais tempo frente às telas de dispositivos móveis, devido à adoção do home-office e ao isolamento social. Isto as induz a usar o colírio para manter a lubrificação dos olhos.  

Há ainda quem usa o colírio de forma compartilhada — um erro grave e que deve ser evitado a todo custo. O ideal é considerar essa medicação como um objeto pessoal: deve ser de uso exclusivo do dono para evitar contaminações. Outra prática indevida é a compra do colírio sem prescrição médica. Apesar do conhecimento geral sobre os riscos da automedicação, as pessoas continuam aceitando as indicações de remédios dadas por amigos, vizinhos e parentes.

Lembre-se: colírio é um medicamento. Como tal, seu uso indevido pode gerar sérios danos tanto à sua saúde ocular quanto a outras partes do seu organismo. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), a cada ano, cerca de 20 mil pessoas morrem vítimas da automedicação no Brasil.

Intoxicação e reações alérgicas ou de hipersensibilidade são os episódios mais frequentes relacionados a essa prática. Dito isso, trazemos a seguir alguns exemplos de tipos de colírio e como o uso indiscriminado desses medicamentos pode ser prejudicial à sua saúde.

 

OS RISCOS DOS DIFERENTES TIPOS DE COLÍRIO

Colírio Antibiótico

Colírios antibióticos, quando usados por muito tempo e de forma irregular, aumentam as chances de mutações bacterianas resistentes à medicação, tornando o tratamento complicado e difícil. Além disso, potencializa a predisposição do paciente para contrair infecções na córnea.

Colírio Anti-inflamatório

O uso indevido dos colírios anti-inflamatórios com corticóide é extremamente perigoso, pois geram complicações graves à saúde ocular. Pingar “algumas gotinhas” por conta própria e de forma prolongada pode contribuir para o desenvolvimento da catarata e obstrução do trabeculado, responsável por drenar o líquido interno dos olhos, o humor aquoso.

Dessa forma, o colírio com corticóide aumenta a pressão interna do olho, favorecendo assim o surgimento do glaucoma, a principal causa de cegueira irreversível. Outro detalhe: assim como os colírios antibióticos, os que contêm corticóides também aumentam a probabilidade de adquirir infecções oculares.

Colírio Anestésico

Outro tipo de colírio que, quando usado indiscriminadamente, se torna perigoso é o anestésico. Bastante conhecido por aliviar a dor quando um cisco ou poeira cai no olho, ele costuma ser prescrito pelo médico antes de exames ou cirurgias. Entretanto, abusar deste medicamento pode causa danos irreversíveis à córnea, além de aumentar a probabilidade de lesões oculares por diminuir a sensibilidade do olho.

Colírio Vasoconstritor

Vendidos sem prescrição médica e com o objetivo de diminuir a vermelhidão dos olhos, os colírios com vasoconstritores podem ser encontrados na maioria das casas. Acontece que o seu uso constante e sem indicação de um oftalmologista, além de mascarar a razão do olho vermelho e irritado, pode gerar alterações cardíacas e pressão arterial elevada.

Colírio Lubrificante

Esse colírio também faz parte do cotidiano de muitas pessoas e apresenta poucos efeitos colaterais comparado aos demais. Apesar de tudo, só deve ser adquirido após indicação de um oftalmologista, pois possui conservantes e pode ocasionar conjuntivite alérgica, dentre outras reações de alergia.  

 

Outro ponto importante, que as pessoas acabam desconsiderando às vezes, é a validade do colírio. O prazo de validade desta medicação precisa ser devidamente respeitado, pois, após o tempo indicado na embalagem, o colírio começa a ficar com bactérias. Desta forma, ao usá-lo você pode prejudicar sua saúde ocular, aumentando os riscos de contrair alguma doença.  

 

CONJUNTIVITE

Se neste período o colírio vem sendo bastante consumido devido ao home-office, no verão a conjuntivite assume esse posto principal. Por ser uma doença frequente e, aparentemente, de fácil tratamento, a prática de automedicação cresce nesses casos, porém ela deve ser tratada de forma individualizada e precisa de atenção médica.

Há diferentes tipos de conjuntivite — a alérgica, a viral, a bacteriana etc — e para cada causa há um tratamento específico indicado pelo oftalmologista. Mas somente o médico, a partir do exame clínico do paciente, está apto a prescrever a solução mais adequada. Até porque, quando as conjuntivites recebem o tratamento indevido, podem evoluir para quadros de  inflamação na córnea, como a ceratite, por exemplo. 

 

A automedicação é um risco à saúde e um problema universal. Campanhas são feitas para alertar as pessoas sobre o uso indiscriminado dessas substâncias, e isso se aplica também ao colírio. Assim como toda medicação, é preciso utilizá-lo com responsabilidade. 

Independente do fato de um medicamento ser facilmente adquirido sem prescrição médica, isso não significa que se deve usá-lo por conta própria, estabelecer doses ou horários.

Como você já percebeu, por mais inofensivo que possa parecer, quando usado sem prescrição o colírio faz mal ao seu organismo, sendo capaz de provocar efeitos colaterais sérios à sua visão. Por isso, se estiver sentindo algum incômodo nos olhos, procure imediatamente um oftalmologista. Essa é a melhor maneira de garantir a sua saúde ocular!

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