🔊 Conteúdo Falado:

Selecione qualquer texto do site para escutar o aúdio

Catarata: causas, sintomas, diagnóstico e cirurgia de tratamento

Olho com catarata

O que é catarata?

Catarata é uma doença ocular caracterizada pela opacidade do cristalino, uma lente natural do olho responsável pela formação de imagens na retina — ou seja, pelo foco. Por isso, as pessoas que têm catarata apresentam baixa visão. 

A sensação assemelha-se a olhar o próprio reflexo em um espelho embaçado pelo vapor: dificilmente, você enxergará com nitidez sua própria imagem. Desse modo, os portadores dessa condição sentem dificuldade para realizar algumas tarefas diárias, como ler, dirigir um veículo e, até mesmo, compreender certas expressões faciais. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é a causa de 51% dos casos de cegueira em todo o mundo. Isso representa uma média de 20 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se que 550 mil pessoas desenvolvam essa doença por ano. 

Uma das razões para a doença comprometer a visão dos pacientes por completo é a falta do diagnóstico precoce. A catarata costuma se desenvolver de forma lenta e silenciosa, fazendo com que as pessoas recorram ao oftalmologista tardiamente. Portanto, fazer consultas regulares e manter seus exames em dia são essenciais para prevenir e combater não apenas essa, como várias outras doenças oculares.   

Quais são as causas?

A principal causa da catarata é o envelhecimento do cristalino, na maioria dos casos em decorrência da idade. Com o passar dos anos, o corpo humano se torna propenso a problemas degenerativos, o que faz parte do processo natural do organismo. Desse modo, a maioria dos casos de catarata acontecem em pessoas com mais de 45 anos. Contudo, a exposição ao sol sem proteção também acelera o envelhecimento do cristalino, devido aos raios ultravioleta. 

O envelhecimento não é a única causa dessa doença. Há quadros clínicos em que bebês nascem com essa condição, decorrente de problemas genéticos ou como consequência da mãe ter contraído rubéola, sífilis ou toxoplasmose no primeiro trimestre de gestação. Além disso, a catarata pode se desenvolver também após traumas oculares, uso de determinados medicamentos e diabetes. 

Tipos de catarata

Justamente por existirem motivos diferentes para se desenvolver a catarata,  a doença pode se manifestar de formas distintas. Confira as principais: 

Catarata senil

Problemas oculares degenerativos são mais frequentes na terceira idade, e a catarata é uma dessas doenças. Com o avançar da idade, as fibras do cristalino mudam de espessura e diâmetro. No começo, isso provoca a presbiopia, mais conhecida como vista cansada. 

A catarata senil é, então, o próximo passo desse processo. Afinal, a lente natural do olho, além de perder elasticidade, também perde sua nitidez. Em outras palavras, a lente se torna opaca, fazendo com que o indivíduo sinta sua visão embaçada. Essa condição vai se agravando aos poucos, até que a pessoa enxergue apenas vultos e, em último caso, perca a visão por completo.   

Catarata traumática

Parte dos quadros clínicos de catarata são decorrentes de traumas oculares, a maioria ocasionada por materiais perfurantes. Pancadas fortes na região dos olho, lesões químicas e exposição à radiação podem gerar complicações na visão, se não tratadas adequadamente e em tempo hábil.

Um fato curioso é que, em algumas situações, a catarata traumática se desenvolve vários anos após o acontecimento ou lesão no olho. Desse modo, a melhor forma de prevenir é recorrer ao oftalmologista com a maior brevidade possível após sofrer uma lesão ocular, além de manter uma rotina de visitar o consultório regularmente. 

Catarata diabética

Ao descobrir o que é catarata, você percebeu também que o cristalino possui um papel fundamental para nitidez da visão. Justamente por isso as pessoas enxergam com dificuldade quando essa lente fica opaca. 

O cristalino obtém seus nutrientes através do humor aquoso, líquido que circula dentro do olho. É o humor aquoso que fornece oxigênio e glicose, uma das principais fontes de energia para as células. Essa é uma das razões pelas quais os pacientes diabéticos precisam estar sempre controlando o nível de glicose: se esse nível aumenta no humor aquoso, consequentemente, aumenta também no cristalino. 

Parte dessa glicose é convertida em sorbitol pelo cristalino. Em altas doses, o sorbitol não consegue ser metabolizado de forma correta. Isso faz com que essa substância se acumule no interior do cristalino. Nesse acúmulo, células e proteínas são afetadas, desencadeando o surgimento da catarata.

Catarata medicamentosa

É de conhecimento geral que medicamentos podem gerar algumas reações adversas no organismo. A visão também é alvo desses efeitos colaterais. Por exemplo, o uso prolongado de determinados medicamentos aumenta a sensibilidade dos olhos aos raios solares, possibilitando que a catarata seja desenvolvida precocemente. 

Alguns dos medicamentos que podem gerar essa reação no organismo são corticoides, antibióticos, antidepressivos, colírios anti-inflamatórios com corticoides, remédios para controle da pressão alta e para acne. Por esse motivo, os pacientes devem sempre tomar a medicação no tempo estipulado pelo especialista e nunca se automedicar. 

Catarata congênita

Apesar de ser o tipo mais raro, a catarata também pode ser congênita. Ou seja, há bebês que nascem com essa condição por influência genética, ou a formação da catarata acontece nos primeiros meses de vida. 

Em outras situações, a criança desenvolve esse problema devido ao fato de a mãe ter contraído certos tipos de doenças no primeiro trimestre de gestação, como rubéola, sífilis ou toxoplasmose. Além disso, o uso de drogas e álcool durante a gravidez aumenta a probabilidade da formação de catarata na infância. 

Quais são os fatores de risco?

Uma coisa que pouca gente sabe é que há casos em que a catarata se desenvolve em ambos os olhos, ao mesmo tempo. Contudo, isso não é um quadro clínico tão comum. Ainda assim, as pessoas que tiveram catarata em apenas um dos olhos têm maior probabilidade de desenvolver o problema também no outro olho.

Por isso é importante ficar atento aos fatores de risco e buscar ajuda médica imediata para evitar a progressão da doença. Como abordado anteriormente, a idade avançada é uma das condições que mais aumentam a ocorrência da catarata. No entanto, outros fatores de risco são:   

  • Histórico familiar de catarata;
  • Diabetes, principalmente quando os níveis de açúcar no sangue estão altos;
  • Obesidade e pressão alta;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Tabagismo;
  • Exposição prolongada à radiação ultravioleta, como luz solar e cabines de bronzeamento;
  • Exposição à radiação ionizante, como a usada nos raios X e radioterapia;
  • Lesões ou inflamações no olho;
  • Uso prolongado de alguns medicamentos, como corticoides e antidepressivos. 

Sintomas da catarata

Os sintomas da catarata não surgem nos estágios iniciais da doença, fazendo com que as pessoas nem mesmo saibam que estão com esse problema. Os indícios aparecem de forma progressiva, com sintomas leves a princípio. Por essa razão, a catarata é considerada uma doença silenciosa. 

Conforme o problema avança, os pacientes começam a sentir os sintomas. É nesse estágio que apresentam dificuldades para enxergar, afetando a execução de atividades cotidianas. Confira alguns sintomas característicos desta condição:  

  • Visão embaçada ou nublada;
  • Alta sensibilidade à luz;
  • Mudança na percepção de cores;
  • Alterações frequentes no grau dos óculos ou lentes de contato;
  • Visão dupla;
  • Comprometimento na capacidade de enxergar;
  • Dificuldades em realizar atividades diárias por causa de baixa visão;
  • Perda da visão. 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da catarata é clínico, depende de uma avaliação oftalmológica detalhada para o médico chegar à conclusão exata. Por isso, o oftalmologista busca verificar o histórico do paciente, averiguar seus sintomas e realizar exames que permitam a análise interna do olho. 

Dessa forma, o profissional é capaz de saber se há alguma lesão no cristalino, mesmo quando a doença ainda está no seu estágio inicial. Dentre os exames, há vários testes que ajudam a diagnosticar com precisão se a pessoa está com catarata.  

Vale ressaltar que alguns dos principais exames usados para o diagnóstico da catarata também fazem parte dos exames oftalmológicos de rotina. Isso reforça a importância de manter uma rotina regular de consultas com o oftalmologista.  

Principais exames

  • Teste de acuidade visual: identifica a nitidez com que as pessoas enxergam formas e contornos. 
  • Exame da lâmpada de fenda: ajuda a avaliar todas as estruturas frontais do olho, como a pálpebra, o nervo óptico, o cristalino e a córnea.
  • Retinografia: foto do fundo do olho, importante para documentar a lesão do nervo óptico.
  • Fundoscopia: avalia as estruturas de fundo de olho, como o nervo óptico, os vasos sanguíneos, a retina e a mácula. 
  • Ultrassonografia ocular: avalia o fundo de olho e realiza medidas de tumores intraoculares. 
  • Tonometria: usado para averiguar a pressão intraocular.

Cirurgia de catarata

Diferente do que acontece no glaucoma, a cegueira provocada pela catarata é reversível. O único tratamento para mudar essa situação e, também, para curar essa doença é o cirúrgico. A operação é simples e rápida, durando em média 30 minutos, além de possuir altas taxas de sucesso. 

Para realizar a cirurgia de catarata, aplica-se no paciente uma anestesia local. O procedimento consiste em substituir o cristalino danificado por uma lente artificial. Essa lente é feita sob medida, de acordo com a curvatura da córnea do indivíduo. Além disso, ela pode ser usada para corrigir diversos tipos de problemas de visão, como miopia. 

Após a operação, o paciente deve seguir todas as recomendações médicas, como por exemplo evitar atividades físicas e inclinação da cabeça. O oftalmologista pode receitar também colírios e pomadas, para prevenir alguma inflamação pós-cirúrgica.

Saiba mais sobre a cirurgia de catarata e a recuperação neste artigo.

Prevenção da catarata

Ao longo desse conteúdo, certamente você deve ter percebido que há relação entre os raios ultravioleta e a catarata. Por essa razão é que tanto se recomenda o uso de óculos escuros durante a exposição solar. Esse hábito ajuda bastante a prevenir a doença. Outro cuidado para se ter com o sol é não olhar diretamente para ele, mesmo quando protegido por óculos escuros.

Nunca use colírios de forma indevida, especialmente os anti-inflamatórios com corticoides. A automedicação recorrente com essas “gotinhas” de aparência inofensiva pode desencadear a catarata. Além disso, há hábitos saudáveis que você deve adotar na sua rotina, e que ajudam bastante a prevenir esse problema. Conheça alguns deles:

  • Fazer visitas regulares ao oftalmologista. 
  • Não fumar.
  • Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.
  • Controlar o consumo de açúcar e o diabetes (quando essa doença está presente). 
  • Manter o peso dentro do limite ideal.
  • Manter uma alimentação balanceada, rica em vitaminas e sais minerais.

Lembre-se: a catarata é uma doença silenciosa. Por isso, a melhor forma de combatê-la sem grandes complicações é manter seus exames em dia. Em caso de sintomas, não hesite em buscar ajuda médica.

Mais artigos

Escolha uma opção de atendimento

Clique em uma das opções abaixo para agendar o seu horário

Agendamento online

Informe-nos a sua preferência de horário e ligaremos para agendar sua consulta

Agendar via WhatsApp

Inicie um chat com a nossa equipe

Agendar pelo telefone

Inicie uma chamada com a nossa equipe

Agendamento online

Diga-nos quando gostaria de ser atendido(a) e ligaremos em poucos minutos (ou no próximo dia útil) para finalizar o seu agendamento

Recebemos a sua solicitação de agendamento

Entraremos em contato via celular ou WhatsApp dentro de poucos minutos (ou no próximo dia útil) para finalizar o seu agendamento.